sexta-feira, 15 de dezembro de 2006

permanece
paralisa
pára-raio


peitopó
dura
d u r a n t e
dura
d u r a n t e
dura
d u r a n t e
dura
dor avante
paralização
socio-emocional

ponto ponto ponto

já era
fora
quisera
eu

quarta-feira, 13 de dezembro de 2006

sinfonia do tempo
vida
pula

beira susto e repouso



(na correria dos dias, o amor é como o ar que se respira, e que -se -nos -esquece -mos cheios de saudade. e memória..)

domingo, 12 de novembro de 2006

ir embora de dentro para dentro
outro dentro de si
oui

sexta-feira, 27 de outubro de 2006


fragmentos: segredo

pronto:
mudei.

muito ar...
ao alcance de um sussuro.
además,
sem mais

quinta-feira, 21 de setembro de 2006

acolho

colho

escolho

(olho no olho)

quinta-feira, 14 de setembro de 2006

no meu aniversário de 28 anos, o mesmo copo quebrou duas vezes.

re-partições
parti
a par


duas vezes
o mesmo
requebra

terça-feira, 22 de agosto de 2006

caí no meu subsolo
triste escândalo íntimo

ser livre é sempre por um triz
não fosse o arrepio da falta

me instiga a vida que permanece
o repente de ser inteiro
a visão do horizonte
o vento que chega dentro

quero louca tocar o que dura
esboçar o amor
num traço

o amor persegue o silêncio

segunda-feira, 14 de agosto de 2006


voa na pedrapele lisa do chão
curva da memória
sem som

terça-feira, 18 de julho de 2006

rebento do coração
saindo pelo joelho

dia de tempo estendido
por extenso

amor calor de pele
duro doce

digo de surpresa calma
lua diária

vazia lua pelo avesso

quarta-feira, 28 de junho de 2006

o frio chegou

dentro
é o melhor lugar

sexta-feira, 2 de junho de 2006


dia de luz
muita calma
praia mirim

sábado, 27 de maio de 2006

sonho aterrisa
cutuca o chão
quinem água da chuva
em terra seca
os dias correm e me arrastam

quarta-feira, 24 de maio de 2006

incrível como um banho quente resolve cansaço, stress, mau-humor, frio nos ossos, tristeza e solidão.
descobri isso ontem depois de tomar muita coragem.

meu maior desejo de consumo tem sido ter um ofurô nesse inverno antecipado que vivemos em pleno maio de sampa.
um banho nele, num cantinho silencioso, ia curar até mesmo minhas desilusões com a humanidade.
tenho certeza.
ao menos momentaneamente, é claro.

terça-feira, 9 de maio de 2006

mudou o vento de direção
virei a asa

surpreendo sem fôlego no que vejo

avião
aterrisa

sábado, 29 de abril de 2006

criar modos de ser
de conhecimento de si
criar em
criar vida para viver

é necessário vida na vida




(tem dias que a humanidade não cheira a gente....)

quarta-feira, 26 de abril de 2006

é noite por isso falo tanto do vento
a noite acorda a pele
para sentir o escuro


é sempre noite quando sento com tempo,
aqui,
cheia de descompromissos comigo mesma
falo mais alto aos ventos
quando fecho os olhos
e suspiro

segunda-feira, 17 de abril de 2006

me penduro no varal
no umbral
no charco

faço brisa aos morcegos
e fecho os olhos


noite estrelada cheia de horas


pulo por cima de um milagre
ensurdeço aos passos da cidade
presto atenção em nada
faço traços de mim mesma
aos paralelos da inocência,
vida em transe
em trânsito.
preponderantes, uni-vos!
pouso pausa
de dia

dias que pululam
como soluços
ao vento
reaconchegar
me
reaconchegar os sonhos

no travesseiro

segunda-feira, 10 de abril de 2006

dia do parto

chego e me lambuzo

sem papo