sexta-feira, 27 de abril de 2007

vou rodar
e virar as páginas
e escorrer pelas calçadas
das memórias

quinta-feira, 26 de abril de 2007

quero rodar a baiana.
a pernambucana.
a francesa.
a africana.
a japonesa.
a paulistana.
atravessar muitos mares
dentro de casa
e de vento em popa, pescar-me nos voos
pra voar mais alto

segunda-feira, 23 de abril de 2007

muito é possível na vida.
amor é possível.
e no sofrer é possível ficar maior.
grande de mais amor. consigo (si).

tb não quero me perder de mim.
então vivo, o vazio e o calor.
respiro.

e me encanto com as graças.
que arejam.

sábado, 21 de abril de 2007

militância afetiva
amor e liberdade
fidelidade real
viver de verdade
ver-se
encontrar-se nos trânsitos,
abrir espaços de comunicação e diálogo,
sinceridade.

"pra libertar meu coração
eu quero muito mais que o som da marcha lenta!"
mas quem disse que ia ser fácil?

quarta-feira, 18 de abril de 2007

noite sem lua
tem que acender a luz
dentro
melhorei.

terça-feira, 17 de abril de 2007

to péssima
e sem poesia
essa história da intimidade solitária não é mole não.
haja coração nessa vida.

segunda-feira, 16 de abril de 2007

carta de uma nota só

vc me faz lembrar coisas importantes
de coração e brilhos da mente
poesia
essas coisas importantes
.
e meu corpo quer dançar mais
com a ênfase de estar viva

sexta-feira, 6 de abril de 2007

coração à tino.
to por aqui achando o eixo de mim mesma.
feliz e troncha.
tenho só que fechar os olhos.
.
nao liga que tem muita poesia mesmo.
.
é madrugada.
no coração.

quinta-feira, 5 de abril de 2007

escrevo cartas e desenvolvo diálogos com pessoas, em silêncio. sei que isso não é mérito meu. mas ontem aconteceu uma novidade íntima de dialogar corporalmente com alguém ausente. na calçada.
dialoguei com o olhar também. no meu olhar o diálogo. olha isso... em silêncio à presença ausente. e prazeirosa. com sutis dramas de desejo (isso gera um capítulo à parte, deve dar um tipo de tragi-comédia em auto-análise).
quando sonho com alguém gosto de falar pra pessoa, compartilhando uma vivência. mútua. e íntima, num sentido neuronal. onde a memória é quase um milagre.
mas tem as coisas a serem guardadas em silêncio. (qual é o compasso do silêncio?)
e a vida vai rodando.
e os silêncios mudam.
mudam.
mudos.
e cheios de humores.
.
e dá pra ver de perto. de bem perto.
em silêncio.
penso assim, que estou feliz. apesar de tudo e tal.
esse apesar insiste, mas estou feliz.
ando rindo sozinha, inclusive de mim mesma.
engraçado isso.
têm rolado umas memórias que riem
sozinhas
de ridículo, miúdo-tímido ou fantástico.
dá nisso
memórias soltas esfarelam e se espalham
sussuram acordes dissonantes
atrás do diafrangma
e do cerebelo
a cada dia
novos ares
outono

quarta-feira, 4 de abril de 2007

hai cai mundano
passou a pressa
caiu o dia
quero o tempo leve
e intenso?
sim. paradoxo...

pensamentos ao leo.
por la noche.

segunda-feira, 2 de abril de 2007

palavra penumbra
branca
sob a lua


agora é o coração
.
dentro
é tudo vermelho
.
veia na pele
a mais fina
pulsa lenta
relaxa
suspira
pulsa
pulsa
pulsa
pulsa
...