quinta-feira, 5 de abril de 2007

escrevo cartas e desenvolvo diálogos com pessoas, em silêncio. sei que isso não é mérito meu. mas ontem aconteceu uma novidade íntima de dialogar corporalmente com alguém ausente. na calçada.
dialoguei com o olhar também. no meu olhar o diálogo. olha isso... em silêncio à presença ausente. e prazeirosa. com sutis dramas de desejo (isso gera um capítulo à parte, deve dar um tipo de tragi-comédia em auto-análise).
quando sonho com alguém gosto de falar pra pessoa, compartilhando uma vivência. mútua. e íntima, num sentido neuronal. onde a memória é quase um milagre.
mas tem as coisas a serem guardadas em silêncio. (qual é o compasso do silêncio?)
e a vida vai rodando.
e os silêncios mudam.
mudam.
mudos.
e cheios de humores.
.
e dá pra ver de perto. de bem perto.
em silêncio.

Um comentário:

de vendetta disse...

esse que chamam de louco é um caminho real demais para aqueles que não aceitam um novo para mais perto de si.

esses que não dizem nada da falta que sentem de si... escondem os vivos com suas multidões.

and I say Hello