sexta-feira, 28 de novembro de 2008

sudad


a saudade se disfarça 
em falta

como o vazio 
no estômago
sem fome
sem graça

e dura e engana
e diz que passa

e fragmenta a imagem
e o tempo 
desgasta

a saudade fantasia
a distância
numa cena que repete
tonta
e o tempo
vira farsa

a saudade cria um eco
e engasga
cria um duelo do espaço
do que vejo
com o que dista

e o tempo
passa

tem um assunto que autoriza
a manter com o invisível
num diálogo que retorna
um almeja um aguarda
um distorce vira e volta
e sobra uma pergunta
no silêncio
descontínuo

não se basta







quanto mesmo você calça?

Um comentário:

Anônimo disse...

antes era 34, mas mudou!
um pé cresceu, outro parou?
o poema mesmo fecundou o chão
cresceu e tomou conta do quase invisível daquele lugar que vejo no teu olhar!
beijos, tá lindo!